Segundo ela, o empresário pagou as despesas do transporte. “Ele [o empresário] alugou um ônibus, queria alugar outro e me pediu para ajudar a encher o ônibus”, afirmou.
Na ocasião, Fátima disse que idosos e crianças não poderiam ir. “O momento é outro”, escreveu em uma rede social. No entanto, esse segundo coletivo não chegou a sair de Bauru na noite de 8 de janeiro. Àquela altura, a polícia já havia debelado o quebra-quebra em Brasília, e os militantes que não haviam sido presos tinham retornado ao QG do Exército.
“Nossa ida a Brasília seria em oração pelo Brasil, uma manifestação pacífica”, disse. “Era um momento de oração, de adultos, não era momento de misturar crianças porque a gente não sabia o que poderia acontecer. Falaram que iam ter muitos infiltrados e eu fiquei com medo.”
Fátima negou ter danificado patrimônio ou praticado outros crimes. “Não sou criminosa e não cometi nada de errado. Todos vão pagar, inclusive Alexandre de Moraes”, afirmou ao UOL. “Eu não abaixo a cabeça para ninguém porque eu ando corretamente e vou continuar andando.”
A foragida, que também estaria vendendo doces em La Plata para ajudar nas despesas, disse que está “vivendo um inferno” e que deixou um marido doente no Brasil. “Vocês não têm noção do que eu estou sofrendo”, disse.
Fátima Pleti interrompeu a entrevista ao UOL antes de a conversa ser concluída. O advogado dela, Hélio Ortiz Júnior, foi questionado sobre as ofertas de ajuda para travessia e hospedagem em sua casa, mas se recusou a responder: “Não irei me pronunciar”, afirmou.