Bolsonaro passou a arrastar na campanha municipal as correntes de dois indiciamentos. Já havia sido indiciado no caso da falsificação dos cartões de vacina. A Polícia Federal acaba de indiciá-lo também no inquérito sobre a venda de joias do acervo presidencial. A bola de ferro virá nos próximos dias, com o encerramento das investigações sobre a tentativa de golpe.
O cerco criminal deve alterar o status de Bolsonaro nas eleições. Até aqui, o mito inelegível fez exigências em troca da defesa de certas candidaturas. Agora, precisa de candidatos que o defendam. Ele pergunta aos seus botões —que não respondem, porque não falam com qualquer um: “Quem se arriscará a perder a corrida à prefeitura para defender uma honestidade tão incerta?”.
Desde que o tenente-coronel Mauro Cid começou a colaborar com as autoridades, uma ind inidagação tornou-se complemento natural de qualquer nova revelação: Será que Bolsonaro será preso? A eloquência das provas recolhidas pela PF para corrobarar a delação torna incontornáveis as denúncias da Procuradoria ao Supremo. Outra interrogação se tornará rotineira: Quando Bolsonaro será preso?