A gula de Bolsonaro era muito grande pelo poder, e por querer permanecer nele mesmo tendo sido derrotado pela maioria do eleitorado brasileiro. Todas essas investigações vão revelando que ela também alcançava o capital. É muito própria para essa família, que enriqueceu às margens do Estado, a gula pela pecúnia. Josias de Souza, colunista do UOL
Para Josias, Mauro Cid não exercia influência tão decisiva nos rumos de Jair Bolsonaro, como havia apontado o ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira. O colunista ressaltou que até militares do alto escalão se renderam às ordens do ex-presidente.
Todo mundo que ousou apontar algum tipo de tumor relacionado à gestão Bolsonaro foi tratado por ele próprio e pelos bolsonaristas como um câncer. Mauro Cid se tornou um câncer depois que se tornou um delator. Antes, era o faz-tudo do Bolsonaro.
Havia, antes da posse do Bolsonaro, a pretensão dos generais que o cercavam de que eles conseguiram moderá-lo. O que aconteceu foi o oposto: os generais foram bolsonarizados. Havia uma tropa de generais muito bem preparados, inclusive com verba do contribuinte, submetidos às ordens mais bizarras. Bolsonaro tentou virar a mesa, e vários generais o seguiram nesse propósito.
A esta altura, dizer que um reles tenente-coronel como o Mauro Cid ditava os caminhos do Bolsonaro é uma conversa mole. Josias de Souza, colunista do UOL
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