Nenhum partido obteve maioria. Macron terá de se compor, embora tenha declarado que nunca aceitaria Mélenchon, o líder radical de esquerda. O ruidoso Mélenchon, detentor de alta rejeição, já assumiu ares de vitorioso: “Estamos prontos para governar”.
Exagero de Mélenchon, pois, se perceber, os eleitores não desejam radicais.
Atenção: como lembraram os juristas franceses, a Constituição francesa não obriga o presidente a escolher como primeiro-ministro o líder do partido com as 289 cadeiras de maioria absoluta. Obviamente, está livre para não conduzir Mélenchon à função de premiê.
Assim, e sem maioria absoluta alcançada, Macron poderá escolher algum nome em comum, ou melhor, num acerto entre a Frente e o Ensemble, seu partido.
Com sucesso no primeiro turno, os radicais de direita cantaram vitória fora de hora.
Bardella disse que não aceitaria ser um premiê auxiliar de Macron.