Ele não visitava a Bolívia havia 15 anos. “Imaginei que o Brasil tivesse cuidado melhor dos seus parceiros. Ou nós aprendemos a agir como bloco e nos transformamos em uma região desenvolvida e competitiva ou vamos continuar pobres. A situação na Bolívia hoje está mais difícil do que estava dez anos atrás. Não há mais a reserva que havia, o PIB não cresceu como estava crescendo. Mas isso pode mudar, porque o Brasil também piorou, mas agora está melhorando.”
Lula condenou a tentativa de golpe militar sofrida pelo governo boliviano em junho. “É imperdoável a tentativa de golpe. O povo boliviano garantiu a democracia. É inimaginável pensar que vai resolver problema dando golpe, que militar vai ser solução. A solução está na participação da sociedade civil. Não existe milagre, o que existe é o respeito à democracia e a alternância no poder.”
Para Lula, a presença da Bolívia no Mercosul é um passo importante. “Poderemos formar um bloco econômico forte, é só acreditar. Com esse momento de transição energética, nosso potencial na América do Sul é extraordinário. Acho que chegou a vez de mostrar que a gente tem valor e que a gente quer deixar de ser pequeno, quer ser grande.”
Nesta terça-feira (9), Lula terá um encontro bilateral com o presidente boliviano Luis Arce. Depois, participará de cerimônia de assinatura de atos e de um encontro com empresários.
