Morre Bill Viola, pioneiro da videoarte, aos 73 anos – 13/07/2024 – Ilustrada - Rádio Graça e Paz Morre Bill Viola, pioneiro da videoarte, aos 73 anos – 13/07/2024 – Ilustrada - Rádio Graça e Paz

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Morre Bill Viola, pioneiro da videoarte, aos 73 anos – 13/07/2024 – Ilustrada

Bill Viola, um dos videoartistas mais célebres do mundo, morreu nesta sexta-feira (11) aos 73 anos, em Long Beach, Califórnia. De acordo com Kira Perov, sua esposa, diretora de estúdio e colaboradora artística, o artista teve complicações da doença Alzheimer, com a qual foi diagnosticado de maneira precoce.

Considerado pioneira da videoarte, Viola ganhou destaque no início dos anos 1970, em Nova York, quando artistas começaram a trabalhar com vídeos com Wolf Vostell, Joseph Beuys e o movimento Fluxus. Logo ele demonstrou grande habilidade com edição e gravação, explorando novas mídias nas artes visuais com suas instalações, vídeos e performances. Tais habilidades surgiram por meio de empregos como assistente audiovisual em museus e galerias.

O trabalho de Viola tem forte conexão com a mística cristã, o sufismo islâmico e o xamanismo arcaico, bem como a arte cristã da renascença. Suas obras têm inspiração humanista, exploram a noção de tempo, o poder e a consciência humana.

A passagem do tempo é explorada em suas principais obras. Diante do ritmo voraz do cotidiano, ele desacelera e mostra como cada instante conta e merece atenção.

É o que mostra um de seus trabalhos mais recentes, “Mártires”, de 2014. Nela, quatro pessoas passam por algum tipo de provação, seja uma tempestade de vento, seja uma violenta enxurrada, em um tempo desacelerado que deixa a obra dramática, com corpos lentos. Uma das duas peças vistas de forma permanente na catedral de St Paul, em Londres, estava na exposição Bill Viola – Visões do Tempo no Sesc Avenida Paulista, em abril de 2018, na inauguração da unidade.

Viola também capturava o ritmo da cidade, como mostra em “Hino”, de 1983, em que gravou uma menina de 11 anos parada na Estação Union em Los Angeles enquanto grita. A montagem também inclui cenários ensolarados e de refinaria de petróleo, por exemplo.

O artista explora grandes momentos da vida, como nascimento, morte, agonia, êxtase, amor romântico. O rumo mais pessoal ficou nítido no início dos anos 1990, quando sua mãe morreu e o seu segundo filho nasceu. A instalação “Nantes Triptych”, em 1992, mostra três painéis em vídeo, um mostrando uma mulher em processo de parto natural, outro um retrato da sua mãe no leito de morte e no do meio um homem vestido flutuando na água.

Elementos da natureza, como água e fogo, eram constantes em seu trabalho. O artista também utilizada atores para contracenar em seus videoartes.

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