MP Eleitoral pede cassação do mandato do vereador Fábio Silva por abuso de poder econômico no Rio

MP Eleitoral pede cassação do mandato do vereador Fábio Silva por abuso de poder econômico no Rio

O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com um pedido de cassação do mandato do vereador carioca Fábio Silva (Podemos), sob a acusação de abuso de poder econômico durante a campanha municipal. O processo, iniciado em 2024 antes mesmo da posse do parlamentar, aguarda agora decisão da Justiça Eleitoral, que definirá se o vereador continuará exercendo o cargo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Além da cassação, o MP também solicita que o vereador fique inelegível por oito anos.

A ação judicial aponta indícios de uso irregular de recursos públicos durante a campanha. Caso a Justiça acate a denúncia, Fábio Silva poderá perder o mandato e ser impedido de disputar novas eleições por quase uma década.

De acordo com a advogada Francieli de Campos, especialista em direito eleitoral, práticas desse tipo colocam em risco a igualdade entre os concorrentes.

“Quando há abuso econômico, a competição eleitoral deixa de ser justa. Isso compromete um dos fundamentos da democracia, que é a igualdade de condições entre os candidatos”, explicou.

Ações com fins eleitorais

A investigação do MP aponta que o vereador teria organizado equipes uniformizadas conhecidas como os “verdinhos”  para realizar serviços de limpeza e manutenção em praças e escadarias de comunidades da Zona Norte do Rio meses antes das eleições de 2020.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram os “verdinhos” atuando em bairros como Anchieta, Pavuna, Costa Barros e Ricardo de Albuquerque, regiões onde Fábio Silva teve forte votação — ele recebeu 15.846 votos no pleito.

Segundo o MP, embora as atividades fossem de responsabilidade da Prefeitura, as equipes estariam ligadas diretamente ao então candidato, sendo usadas para promover sua imagem junto à população. Em uma das gravações, uma barricada em área dominada pelo tráfico aparece pintada de verde, cor que simbolizava a campanha de Fábio.

Ligação com facção criminosa

A denúncia também menciona o depoimento do chefe de gabinete de Fábio Silva, Paulo Lacke, que teria admitido aos promotores que as ações nas comunidades foram realizadas com a autorização do Comando Vermelho, facção que controla o Complexo do Chapadão uma das regiões onde o vereador obteve maior número de votos.

O Ministério Público sustenta que essa atuação contribuiu para fortalecer a imagem política de Fábio Silva e lhe deu vantagem indevida sobre os adversários.

Uso de empresa e ações sociais

O MP ainda alega que o vereador utilizou recursos de uma empresa privada para financiar atividades de campanha sem declarar os gastos oficialmente. Mensagens obtidas pelos investigadores indicam que a empresa NORT Telecom teria divulgado ações ligadas à campanha e até utilizado o número eleitoral do candidato em comunicações com clientes.

Além disso, o órgão afirma que Fábio realizou ações sociais em comunidades antes do período permitido pela legislação eleitoral, o que também configuraria abuso de poder econômico.

Defesa do vereador

Em nota enviada ao telejornal do RJ2 da Rede Globo, Fábio Silva negou todas as acusações, afirmando que o processo do MP “não se sustenta em provas concretas”.

O vereador declarou ainda que os mutirões citados seriam iniciativas espontâneas de moradores, sem qualquer custeio ou envolvimento direto de sua parte, e que não há vínculo entre sua campanha e a NORT Telecom.

Por fim, o parlamentar disse que repudia as acusações e que está à disposição da Justiça Eleitoral para apresentar todos os esclarecimentos necessários.

MP Eleitoral pede cassação do mandato do vereador Fábio Silva por abuso de poder econômico no Rio

O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com um pedido de cassação do mandato do vereador carioca Fábio Silva (Podemos), sob a acusação de abuso de poder econômico durante a campanha municipal. O processo, iniciado em 2024 antes mesmo da posse do parlamentar, aguarda agora decisão da Justiça Eleitoral, que definirá se o vereador continuará exercendo o cargo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Além da cassação, o MP também solicita que o vereador fique inelegível por oito anos.

A ação judicial aponta indícios de uso irregular de recursos públicos durante a campanha. Caso a Justiça acate a denúncia, Fábio Silva poderá perder o mandato e ser impedido de disputar novas eleições por quase uma década.

De acordo com a advogada Francieli de Campos, especialista em direito eleitoral, práticas desse tipo colocam em risco a igualdade entre os concorrentes.

“Quando há abuso econômico, a competição eleitoral deixa de ser justa. Isso compromete um dos fundamentos da democracia, que é a igualdade de condições entre os candidatos”, explicou.

Ações com fins eleitorais

A investigação do MP aponta que o vereador teria organizado equipes uniformizadas conhecidas como os “verdinhos”  para realizar serviços de limpeza e manutenção em praças e escadarias de comunidades da Zona Norte do Rio meses antes das eleições de 2020.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram os “verdinhos” atuando em bairros como Anchieta, Pavuna, Costa Barros e Ricardo de Albuquerque, regiões onde Fábio Silva teve forte votação — ele recebeu 15.846 votos no pleito.

Segundo o MP, embora as atividades fossem de responsabilidade da Prefeitura, as equipes estariam ligadas diretamente ao então candidato, sendo usadas para promover sua imagem junto à população. Em uma das gravações, uma barricada em área dominada pelo tráfico aparece pintada de verde, cor que simbolizava a campanha de Fábio.

Ligação com facção criminosa

A denúncia também menciona o depoimento do chefe de gabinete de Fábio Silva, Paulo Lacke, que teria admitido aos promotores que as ações nas comunidades foram realizadas com a autorização do Comando Vermelho, facção que controla o Complexo do Chapadão uma das regiões onde o vereador obteve maior número de votos.

O Ministério Público sustenta que essa atuação contribuiu para fortalecer a imagem política de Fábio Silva e lhe deu vantagem indevida sobre os adversários.

Uso de empresa e ações sociais

O MP ainda alega que o vereador utilizou recursos de uma empresa privada para financiar atividades de campanha sem declarar os gastos oficialmente. Mensagens obtidas pelos investigadores indicam que a empresa NORT Telecom teria divulgado ações ligadas à campanha e até utilizado o número eleitoral do candidato em comunicações com clientes.

Além disso, o órgão afirma que Fábio realizou ações sociais em comunidades antes do período permitido pela legislação eleitoral, o que também configuraria abuso de poder econômico.

Defesa do vereador

Em nota enviada ao telejornal do RJ2 da Rede Globo, Fábio Silva negou todas as acusações, afirmando que o processo do MP “não se sustenta em provas concretas”.

O vereador declarou ainda que os mutirões citados seriam iniciativas espontâneas de moradores, sem qualquer custeio ou envolvimento direto de sua parte, e que não há vínculo entre sua campanha e a NORT Telecom.

Por fim, o parlamentar disse que repudia as acusações e que está à disposição da Justiça Eleitoral para apresentar todos os esclarecimentos necessários.