Ele repetiu uma posição de longa data de que está disposto a concordar apenas com pausas temporárias nos combates para libertar alguns reféns, e não com o fim total da guerra que o Hamas exigiu antes de concordar com qualquer trégua.
A declaração atraiu denúncias das famílias de reféns, que há muito tempo o acusam de atrasar a libertação ao prolongar a guerra, e do Hamas, que diz que Netanyahu não manteve uma proposta de cessar-fogo defendida pelos Estados Unidos e apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Porém, tão notável quanto tudo o que Netanyahu disse foi o local que ele escolheu para fazer isso: diante de um público amigável que o aplaudia, em sua primeira entrevista na TV israelense ao vivo desde o ataque dos combatentes liderados pelo Hamas que precipitou a guerra em Gaza.
Era Netanyahu de volta ao seu elemento natural, um formato de programa que ele é conhecido por gostar nas dez campanhas eleitorais nacionais que disputou como líder do partido Likud nas últimas três décadas, conquistando o poder ou mantendo-o em oito delas.
“Este é um governo de direita e, se ele cair, não demorará muito para que haja um governo de esquerda que fará uma coisa imediatamente — estabelecer um Estado terrorista palestino”, disse Netanyahu.
Embora seja muito cedo para sugerir que Netanyahu possa estar se preparando para uma eleição — que seria a sexta em pouco mais de cinco anos — o retorno ao seu estilo familiar de campanha mostra a necessidade de reforçar sua coalizão, disse o cientista político Gideon Rahat, do Israel Democracy Institute.