Em tese, qualquer pessoa que é objeto de uma ordem do tipo deveria ser detida em caso de viagem para o território de um Estado-membro.
Putin já viajou para o exterior, incluindo Quirguistão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Coreia do Norte, que não são membros do TPI. Porém, evitou comparecer a uma reunião dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na África do Sul, um país que teria sido obrigado a executar a decisão do tribunal internacional.
O TPI, criado em 2002 para investigar crimes de guerra e contra a humanidade em todo o mundo, abriu em setembro uma unidade em Kiev como parte dos esforços para responsabilizar as forças russas por possíveis crimes de guerra.
Isto ocorreu após a criação de um centro internacional para investigar a Rússia por possíveis crimes de guerra em Haia em março de 2023, uma decisão que Kiev chamou de “histórica”.
Além de Putin, o TPI também emitiu um mandado de detenção para Maria Lvova-Belova, comissária russa para a Infância, por acusações similares, ou seja a suposta deportação de milhares de crianças ucranianas para a Rússia.
Outras autoridades russas que são alvos de mandados de prisão do TPI são Sergei Kobylash, comandante da aviação estratégica, e Viktor Sokolov, comandante da frota no Mar Negro.